terça-feira, 10 de março de 2009

Deu no jornal: Prefeito insone faz blitz na Zona Oeste

(trechos da materia publicada em o Globo no dia 5 de março de 2009 na pagina 21/Rio.

O prefeito Eduardo Paes, reuniu num micro-ônibus parte do primeiro escalão, representantes de órgãos municipais, como Comlurb e Rioluz, e partiu às 21h30m para Realengo, Bangu e Padre Miguel. O objetivo da comitiva, que o próprio chefe do Executivo chamou de "bonde do Paes", foi verificar as condições de conservação de alguns trechos daqueles bairros.

A primeira parada do prefeito ocorreu às 22h30m. Ele ficou impressionado com a quantidade de lixo na Estrada da Água Branca, na altura da Rua Recife, em Realengo. Moradores reclamaram da falta de dragagem do Rio Catarino e da iluminação precária. A presença do prefeito tarde da noite no bairro agitou os moradores. O clima chegou a lembrar o da época das eleições. Crianças correram para perto de Paes, que ouvia os pedidos e cobrava providências dos secretários.

domingo, 8 de março de 2009

Poema sobre o Rio Catarino de Raquel Aiuend poeta e moradora de Realengo

Era uma vez um Rio Catarino.
Por Raquel Aiuendi

Havia um rio
Que outrora
Bonito fora
Hoje sombrio
Esgotos
Em seu leito
Vive torto.

À população
Uma ameaça
Mas queria, não
O homem
Sim, ameaça
O próprio
Homem...

O rio hoje sofre
O que o homem
Tão de chofre
Mata e invade
Destruindo
A natureza
A beleza
E as vidas
De animais
E pessoas
Queridas
Falta
Gerência
Inteligência...

Era uma vez um rio
Eram muitas vidas
Até interrompidas
Era por um tênue fio
O respeito à população
Que governantes
Não respeitam, não.
Até quando?

Era uma vez um Rio Catarino.



13.
Era uma vez um Rio Catarino.
Por Raquel Aiuendi

Quando criança o rio já era muito escuro, lembro: tinha medo... nem tanto por sua cor, talvez cheiro, correnteza, estranheza bem lembrada em medo de por sua correnteza ser levada.
Sim, tinha esse medo em minha infância talvez uma sensibilidade futurista. Um rio que podia ser o quadro de fantasias felizes e já era uma projeção de fatos infelizes. Mortes, destruições de esforços e sonhos de uma população.
Fato: inúmeras vezes presenciei o que a falta de gerência do poder público, o descaso podem ocasionar; transbordamentos, perdas de vidas, de bens materiais (casas, carros, móveis etc.), danos à saúde já precária do povo, amputação da honra, resistência e auto-estima. O crime ambiental não afeta só o leito de um rio, desalenta o povo tirando-lhe possibilidades, destruindo vidas humanas.
Meu medo pueril era real, no entanto, o rio não tem culpa, claro!!! O rio, originalmente, fonte vital para seres vivos se vê transformado em ameaça, agressão!!!!
Até quando vão encharcar seus bolsos com a manutenção das dificuldades do povo?
Até quando vão se banhar na omissão? Até quando seus tonéis vão ser cheios com lágrimas humanas?

clik aqui e acesse: http://duelosliterarios.blogspot.com/ e participe de duelos literários